A construtora MBigucci vai construir um condomínio industrial em Diadema, em terreno de 37 mil m2 no bairro de Piraporinha.
O plano da empresa reflete o aquecimento do mercado imobiliário na região também no que se refere à procura por espaços para indústrias, segundo o empresário Milton Bigucci.
“Depois de 20 anos de paralisia na construção, estamos acreditando na retomada do mercado e estamos mudando um pouco o nosso foco”, afirma o empresário. Atualmente com 11 obras em andamento na área residencial, a construtora faz sua primeira incursão em condomínios industriais.
Ele acrescenta que a construção do trecho Sul do Rodoanel (final de 2009) pesa em favor da iniciativa. “O Rodoanel é uma necessidade, ainda mais com as limitações para o tráfego de caminhões na Capital”.
O projeto da MBigucci, em fase de aprovação na Prefeitura, e que deverá ser concluído em 2009, prevê a construção de 26 galpões de 1.000 m2, com pé direito de 12 metros de altura e uma infra-estrutura comum, que inclui pátio interno e portaria.
O valor do investimento não foi divulgado. Bigucci alega que falta definir detalhes do plano, mas ele cita que já houve contatos com empresas interessadas, de diferentes ramos: logística, automotiva e farmacêutica por exemplo.
A Prefeitura confirma o aquecimento da demanda por espaços e o interesse específico por condomínios. “As indústrias precisam melhorar seus espaço produtivo até por exigência dos clientes. O condomínios de empresas tem estrutura mais moderna e reduzem custos (podem ratear despesas em comum)”, afirmou o vice-prefeito Joel Fonseca.
A administração municipal pretnde oferecer incentivos fiscais para a criação desses empreendimentos. “O município já tem grande adensamento e precisamos aproveitar as áreas áreas existentes pelas indústrias. Hoje 48% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de Diadema vem do setor industrial”, disse Fonseca.
Outros dois condomínios empresariais já em operação em Diadema – o Acta Imigrantes e a Forjas -, administrados pela Retha Imóveis, apresentam 100% dos espaços locados.
A Acta, inaugurada no ano passado, tem 15,7 mil m2 de área e 14 galpões (de 860 m2 cada), enquanto a Forja, que já existe desde a década passada, tem 15 mil m2 e 8 galpões de tamanhos variados.
Recém-instalada na Acta, a Mappel indústria de Embalagens foi atraída, entre outros motivos pelas características do espaço “Quando o imóvel é antigo é preciso adaptação, nesse não tivemos custo de reforma”, afirmou o gerente industrial Eugenio Romano.
Ele destaca entre as vantagens o pé-direito alto (10 metros) dos galpões, o menos gasto com segurança, por causa do rateio com outras empresas, e o custo da locação, acertado no passado por R$10 o m2, pelo prazo de cinco anos. “Hoje no município já pedem até R$15 o m²”, disse.