A Sondagem da Construção Civil de março, divulgada nesta terça-feira (3/5) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), mostra que o nível da atividade do segmento de obras de infraestrutura se manteve estável, o indicador ficou em 49,9 pontos (o indicador varia de zero a 100 pontos, números abaixo de 50 denotam queda e acima de 50 denotam crescimento).
Esse nível de atividade se dá pelo atraso das obras devido os períodos prolongados de chuvas, que atrapalha ações como secagem do concreto, terraplenagem, entre outras que são impossíveis de serem realizadas com chuvas.
Outro fator é a fase de crescimento acelerado pelo qual o mercado imobiliário vem passando nos últimos três anos, de 2009 a 2011. Neste período, foram lançados diversos empreendimentos que estão em fase de construção. Este rápido crescimento não foi acompanhado pelos fornecedores de materiais, mão de obra, equipamentos e órgãos públicos. Diversos órgãos e autarquias municipais e estaduais estão apresentando demora na emissão de documentos devido ao grande volume de empreendimentos. Isso acaba gerando atrasos e, consequentemente, a desaceleração do crescimento do setor.
De acordo com a pesquisa, março foi o terceiro mês consecutivo sem registro de aumento no nível de atividade em relação ao mês anterior, o crescimento do setor diminuiu em relação a 2010, porém é considerado estável.
O setor de construção de edifícios, ao contrário, apontou atividade acima do usual para o período. O indicador de março ficou em 51,2 pontos, ante 50,4 pontos em fevereiro e 54,8 pontos em março do ano passado.
Ainda segundo a sondagem, apesar do desempenho observado neste primeiro trimestre, a expectativa é de otimismo em relação à expansão do setor para os próximos seis meses. Espera-se aumento no nível de atividade e novos empreendimentos e serviços, o que se traduzirá em aumento na compra de insumos e contratação de funcionários.