O Google Art Project é o serviço que disponibiliza na internet parte do acervo de museus, além de um passeio virtual pelas instituições. No Brasil, a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o MAM-SP (Museu de Arte Moderna de São Paulo) fazem parte do projeto.
O Google anunciou em evento realizado no auditório da Pinacoteca que o número de museus participantes do projeto passou de 17 museus, quando foi lançado em fevereiro do ano passado, para 151.
“O objetivo é tornar a arte mais universalmente acessível. Poucas pessoas vão ter o privilégio de viajar pelo mundo e conhecer esses museus”, afirmou Alessandro Germano, gerente de novos negócios do Google Brasil.
A Pinacoteca tem 98 obras disponibilizadas no Google Art Project , e o MAM-SP, 89 obras. Cada instituição escolheu uma obra a ser digitalizada em altíssima resolução (7 bilhões de megapixel): o painel da dupla osgemeos no MAM-SP, e o quadro “Saudade”, de Almeida Júnior, do acervo da Pinacoteca.
O diretor do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), José do Nascimento Júnior, responsável pelos museus federais, negocia com o Google a inclusão de três museus do Rio de Janeiro no projeto.
Para Marcelo Araújo, atual diretor da Pinacoteca e futuro secretário estadual da Cultura de São Paulo, a contrapartida que atraiu a instituição ao projeto foi a ampliação do acesso público ao acervo.
“Não vejo como um projeto com interesse financeiro. O acervo pertence à população e é importante ampliar todos os canais de acessibilidade a essas obras”, afirmou.
Segundo Felipe Chaimovich, curador do MAM-SP, o acervo do museu já está disponível na página da internet da própria instituição.
“Não há novidades quanto a isso. O objetivo aqui não é financeiro, mas sim o de ampliar o acesso e o projeto pedagógico que nós já desenvolvemos”, disse.
De acordo com o Google Brasil, o contrato entre a empresa e as instituições não envolve dinheiro. A curadoria das obras que são disponibilizadas pelos museus é feita pelas próprias instituições.
A primeira fase do Google Art Project incluiu parte do acervo de 17 museus, como o MoMA (Museu de Arte Moderna), em Nova York, e o Museu Reina Sofía, em Madri (Espanha).
Nesta segunda fase, o número de museus passou para 151, com cerca de 30.000 obras digitalizadas. Entre eles estão o Museu D’Orsay, de Paris (França), o Museu da Acrópole, em Atenas (Grécia) e o museu de arte islâmica do Qatar.
Na América Latina, dez museus estão no projeto, como o Museu Nacional de Antropologia, no México, e o Museu Botero, na Colômbia.
Confira em: googleartproject.com
Conteúdo: Sugestão da colaboradora Mônica Acêncio, da Contabilidade MBigucci.
Fonte: Folha de São Paulo