O caos, depois de sucessivos rolos, se instala na casa de um respeitável senhor viúvo em ‘O Olho Azul da Falecida’, que estreia na sexta, às 21h30, em São Paulo. O texto do inglês Joe Orton, com tradução de Barbara Heliodora e direção de José Henrique, abusa do humor negro e de trama policial para falar de assuntos como religião, dinheiro e morte.
Produção da Cia Limite 151, e do ator Marco Pigossi, a montagem fica em temporada até dia 16 de dezembro.
De luto pela morte da mulher, o senhor McLeavy está prestes a ver uma confusão se desenrolar durante o velório da companheira morta. Seu filho, Hal, que armou assalto a banco em companhia com seu amante, Dennis, não tem onde colocar o fruto do roubo e decide desocupar o caixão da mãe para escondê-lo. Tudo porque o detetive Truscott resolve fuçar a funerária, pois o banco roubado fica ao lado dela.
Para complicar a situação, Fay, a enfermeira assassina da senhora McLeavy, entra na jogada. O plano dela é casar-se com o viúvo para depois matá-lo. Ainda, há algo misterioso que a relaciona com Dennis.
Tudo é posto em cena de maneira absurda. De repente, o que era algo comum na rotina do homem que vai enterrar a mulher vira espetáculo no texto de Orton. A condução do enredo segue a alteração dos personagens, que se põem nas mais arriscadas situações para resolver seus problemas. Ambição e moralismo são despidos em suas contradições na obra.
O Olho Azul da Falecida – Teatro. No Teatro Geo – Rua Coropés, 88, São Paulo. Tel.: 3728-4925. 6ª, às 21h30; sáb., às 21h; e dom., às 19h. Ingr.: R$ 60 (6ª) e R$ 70 (sáb. e dom.). Até 16 de dezembro.
Fonte: Diário do Grande ABC