Cada vez mais, as mulheres se mostram competentes e determinadas a alcançar os seus objetivos. Pois, elas deixaram de ser o sexo frágil, romperam barreiras e conquistaram espaços que antes eram ocupados apenas por homens e se destacam no mercado de trabalho como arquitetas, engenheiras, empresárias e corretoras. Confira matéria especial que o Portal SP Imóvel produziu sobre o Dia Internacional das Mulheres:
A arquiteta Maria Cecília Freitas Denadai, de 37 anos, trabalha há 17 anos no departamento técnico da Construtora MBigucci, conta um pouco da sua trajetória, dos principais desafios, das suas lutas e batalhas como mulher em uma área considerada de “homens”.
Confira a entrevista completa com arquiteta:
O que a levou escolher a arquitetura como profissão? Tem alguma influência na família?
– É uma profissão que desafia, que faz você buscar o seu melhor e te dá o poder da criação. Permite combinar arte com o bem-estar das pessoas. Além de possibilitar a satisfação pessoal, você realiza o sonho de alguém, beneficia a sociedade e muda a paisagem.
É uma profissão que te permite flexibilidade, abrir seu escritório ou trabalhar em uma empresa. Além de ter diversas áreas de atuação.
Não tenho na família ninguém atuante na área, mas recebi todo o apoio possível para iniciar na carreira.
Como arquiteta, qual é o seu maior desafio?
– O meu desafio é que todos os projetos da construtora sejam bem definidos, compatíveis e liberados para a obra em tempo hábil para execução.
A mulher é mais detalhista. No que essa qualidade pode ajudar na arquitetura?
– Por natureza a mulher é mais detalhista, pensamos no espaço de forma que ele seja funcional, aconchegante e proporcione bem-estar ao convívio. E é o detalhe final que faz toda a diferença.
Ser mulher diferenciou ou mudou algo?
– Acredito que por ser mulher, estudamos o projeto além do olhar técnico que a profissão exige. A mulher enxerga com olhar de mãe, nas questões de segurança, funcionalidade, praticidade do dia a dia, no espaço acolhedor e aconchegante para relaxar e curtir o lazer com a família.
Sempre penso no projeto me colocando no lugar do usuário final e essa é a cultura da empresa também, desde a concepção do produto até o pós-chaves.
Como é lidar projetistas homens (projetos de bombeiros, estrutural, de paisagismo, de elétrica e hidráulica)?
– No geral é fácil. Eles são bem técnicos e práticos. Como trabalhamos juntos há muito tempo, um já conhece o ritmo do outro, a forma de trabalho e a cultura da empresa.
O fato de ser mulher, já sofreu algum tipo de preconceito?
– Iniciei como estagiária na empresa e toda a equipe técnica de projetistas já eram formadas e estavam no mercado há algum tempo e já desenvolviam projetos para a empresa há mais de 10 anos, então é natural que exista um certo “preconceito” por alguém em formação ou recém formada, sem experiência na área mas nunca fui desrespeitada, a equipe e a empresa me acolheram bem e hoje temos 17 anos de parceria.