Por Milton Bigucci
Atualmente, 10% da população brasileira é composta por idosos com mais de 65 anos, taxa que deverá crescer rapidamente para 14% até 2030 e 25,5% até 2060, de acordo com o IBGE. Em 2011 os idosos eram apenas 7% da população.
Em 1980 a nossa expectativa de vida era de 62,5 anos, e em 2017 subiu para 76 anos. Agora, no Brasil, segundo o IBGE, a expectativa de vida para quem nasce em 2019 é de 80 anos para mulheres e 73 para os homens. É importante saber que as mulheres vivem mais que os homens.
Os próximos 40 anos serão decisivos para as políticas públicas.
São dados preocupantes, pois teremos menos população ativa e mais idosos para sobreviver e para se cuidar. Arrumar emprego para pessoas acima de 50 anos de idade se torna quase impossível, principalmente durante qualquer crise.
Os gastos com saúde se multiplicam e alguém tem que pagar a conta. Cada dia mais, os jovens têm que fazer um “pé de meia” para garantir a sua velhice. A natalidade está em queda e teremos menos pessoas para ajudar a manter os idosos. A Reforma da Previdência é de suma importância, colocando-se idade mínima para aposentadoria. E também deverá incluir os estados e municípios para que não fique capenga.
Quanto menos interferência do Estado houver, mais a economia se viabiliza.
De 2010 a 2017 os aposentados aumentaram em 5 milhões de pessoas sem uma base de sustentação monetária dos valores da aposentadoria.
No dia 1° de outubro de cada ano é comemorado o Dia do Idoso, data escolhida pela ONU para induzir a sociedade a repensar a velhice e incentivar a conscientização da população sobre esse tema pelo qual passaremos.
A família tem a obrigação de ajudar os seus idosos e o povo a respeitá-los e lutar para as suas conquistas. É o caminho natural de cada um de nós.
Com o Estatuto do Idoso de 2003 já caminhamos muito, porém, é preciso sempre lembrar que somos responsáveis e um dia seremos nós os idosos.
Os idosos têm excelentes conquistas na lei como direito ao transporte público gratuito, 5% das vagas em estacionamento. Nos planos de saúde, o reajuste por mudança de idade é ilegal, embora não pacificado. Mas, a principal conquista é a cultural que deve ser o respeito aos idosos.
Fico triste de ver pessoas idosas tristes e sem vibração, principalmente as que não têm motivos para isso. Temos que ter condutas ativas e atitudes sempre, cercar-se de coisas boas, serenidade, silêncio, sexo, bom humor, sabedoria, sono, sorriso e otimismo. Se possível, evitar a raiva e o rancor pois são prejudiciais e aceleram o envelhecimento.
A longevidade nos aguarde, se Deus quiser.
*MILTON BIGUCCI – é presidente da construtora MBigucci, presidente do Conselho Deliberativo da Associação dos Construtores do Grande ABC, membro do Conselho Consultivo Nato do Secovi-SP e do Conselho Industrial do CIESP, conselheiro vitalício da Associação Comercial de São Paulo e conselheiro nato do Clube Atlético Ypiranga (CAY). Autor dos livros “Caminhos para o Desenvolvimento”, “Somos Todos Responsáveis – Crônicas de um Brasil Carente”, “Construindo uma Sociedade mais Justa”, “Em Busca da Justiça Social”, “50 anos na Construção” e “7 Décadas de Futebol”, e membro da Academia de Letras da Grande São Paulo, cadeira nº 5, cujo patrono é Lima Barreto.