Como escolher tecido
Salas e quartos sem cortinas ou persianas são incompletos, sem graça, quase hostis. Ou seja, toda janela merece esse carinho. O grande pulo do gato aqui é a decisão entre os tecidos – mais leves ou mais pesados – e os modelos – com pregas, franzidas, com alças, retas.
Primeiro exercício: pense se o ambiente pode e deve receber luz natural o tempo todo ou se você precisa que, em alguns momentos do dia, ele permaneça escuro. Normalmente, as salas de estar são lugares que pedem o máximo de luz natural. Quartos e home theaters talvez precisem de escuridão durante o dia. No primeiro caso, portanto, as cortinas devem ser de tecido leve, como voal, linho, seda e algodão. No segundo caso, o importante não é a escolha do tipo de tecido, que pode ser o que mais agradar ao morador, mas o uso de um forro do tipo blecaute.
Como combinar estampas?
São elas, as estampas, que vão deixar o seu ambiente personalizado. Uma orientação é infalível: quando usar dois tipos diferentes de estampas, cuide para que elas tenham uma ou duas cores em comum. Quanto mais tons semelhantes, mais harmoniosa ficará a composição. Assim, se você tem almofadas floridas com um fundo rosa, a mesma cor pode estar na almofada listrada ao lado. Há outras regras simples:
• Some xadrez, floral e listrado e o resultado será feliz, desde que, como já foi dito, mantenha-se um padrão de cor. Jogar com tons variados resultaria em um ambiente mais criativo, mas isso é tarefa para profissionais.
• Para conferir a harmonia de cor e estampa e perceber a variedade de tramas, monte sua cartela de tecidos. Com exceção de alguns produtos caríssimos, as lojas oferecem retalhinhos para os clientes. Colocando-os lado a lado você tem uma noção sobre o efeito que causam.
• Atenção às proporções: desenhos grandes vão bem especialmente em estofados grandes. Já desenhos miúdos caem bem tanto em estofados de dimensões maiores como nos de tamanho reduzido.
• Analise o estilo da peça em questão e tente se nortear por ele. Para uma poltrona de linhas retas, por exemplo, esqueça os românticos tecidos florais.
• No quarto infantil, vale ousar: misture xadrez, poás e florais, desde que uma única cor prevaleça. Branco como pano de fundo ajuda nessas composições.
Varão, trilho, prega, franzido?
Agora, chegou a hora de conhecer as possibilidades de acabamentos para a cortina. Facilidade de instalação ou efeito que você quer criar serão determinantes na escolha.
O uso do varão
É um hit, pela simplicidade. Geralmente de ferro ou de madeira, este suporte pode ser único, duplo ou triplo (varões alinhados paralelamente para o forro, a cortina e o xale). Quando triplo, ele ocupa um espaço considerável: cerca de 25 cm. Nas extremidades, são acopladas ponteiras, peças dos mais variados materiais, que dão acabamento e impedem que a cortina desabe para os lados. As cortinas colocadas em varão normalmente são pouco volumosas (poucas pregas). Se o tecido for encorpado, não é preciso fazer pregas ou franzidos – basta colocar ilhoses (argolas metálicas aplicadas no tecido) que facilitam o deslizamento no varão. Tecidos mais leves, como algodão ou um sári de seda, podem dar origem a cortinas com alças, charmosas e despojadas. Quem usa alças pode ou não fazer pregas na cortina. Outro recurso são as argolas com prendedor do tipo jacaré, à venda até em lojas de material de construção. Essas argolinhas podem ser presas diretamente no tecido, que não precisa de nenhum acabamento senão a barrinha.
Nos trilhos suíços
Como o varão, eles podem ser únicos, duplos ou triplos. Mas sua versão tripla não avança tanto no ambiente, ou seja, ocupa menos espaço. De alumínio, ele fica preso ao teto, portanto é para cortinas que ocuparão a parede de cima a baixo. Sustenta cortinas quase sempre mais volumosas, com pregas ou franzido, mas isso não é regra. Em geral, os rodízios de poliéster são costurados ao tecido em intervalos de 10 em 10 cm. Quem opta pelos trilhos suíços, quase sempre os esconde em forros de gesso, mas, caso esse não seja o seu plano, peça para a cortineira aplicar o rodízio um centímetro abaixo da borda do tecido – essa folga será suficiente para deixar a cortina rente ao teto e esconder o trilho. Outra vantagem do trilho é ser um amigo dos forros blecautes pois permite perfeita vedação.
E as persianas?
Persianas desempenham a mesma função das cortinas. São uma alternativa para os alérgicos (como não são de tecido e têm limpeza fácil acumulam menos pó). Também são fáceis de instalar e, em alguns casos, muito econômicas. Por isso, persianas agradam aos práticos, que amam ainda a sua forma de regular a entrada de luz (pela abertura ou fechamento das paletas). As mais comuns são de plástico e alumínio, mas também existem os modelos de madeira. Os modelos mais simples podem ser comprados em lojas de material de construção, em tamanhos padrões. Sua instalação requer apenas bucha e parafuso. Há ainda modelos elaborados e bem caros, com sistemas de fechamento especial. Persianas, de maneira geral, caem bem em ambientes descontraídos. Mas, se você quer aliar a funcionalidade das persianas com o charme das cortinas, pode optar por xales de tecidos presos em varões ou trilho que cubram as laterais da janela.
Fonte – Site Ampalu Interiores