Sempre que nasce uma criança vejo a alegria estampada nos olhos dos pais ou avós. É a esperança e o desejo de que seja um grande homem ou mulher, estudioso, honesto, empreendedor, feliz e especialmente com saúde. Todos esperam que ele seja um líder, humilde e trabalhador. Não há exceções. Família é isso, esperança, união e amor.
Quando vejo famílias crescendo em união eu vibro. Não aceito brigas, ira ou inveja. Há sempre necessidade de muito bom senso, de todos, para que uma família continue feliz e unida. Se uma laranja podre tentar barrar essa união, pois cada um tem um temperamento, é importante que os demais membros se unam e não tomem partido que vise desestabilizar esta instituição.
Não é fácil. E nem é difícil. Basta ter bom senso. Quando vejo famílias em festas, seja de aniversários, casamento ou qualquer outro motivo, eu vibro. Nas doenças, todos se dando as mãos, rezando a Deus, mostram corações unidos. Reparem que famílias unidas são sempre mais vitoriosas. Não deveria haver ódio entre irmãos, pais, avós, tios, sobrinhos, noras, genros ou cunhados (as). Quando há é por motivo fútil e prejudica a todos. Quando compro um terreno para nossa empresa, às vezes, há dezenas
de herdeiros que sentam longe uns dos outros, com verdadeiro ódio, loucos para ver o dinheiro e sumir, cada um para seu lado. Quando se cumprimentam é por mera obrigação. Outros nem se cumprimentam e outros nem sentam e nem assinam, prejudicando toda uma família.
Normalmente não são irmãos, mas são cunhados (as), noras e genros. Há exceções. É triste para um pai ou mãe, já falecidos, verem do além essas cenas tristes. Como sou otimista por natureza, acredito que essa desunião seja exceção. Graças a Deus, pois o mundo sem violência depende das famílias unidas. A desunião traz violência física e emocional. As escolas devem ter como meta, além de ensinar, manter as crianças e adolescentes unidos e em boa paz, sempre zelando pelas famílias, alicerce do mundo sadio.
As mães têm papel fundamental em manter a família com amor, e aos pais cabe segurar com mãos fortes a justiça das ações, por menor que seja. Nos pequenos exemplos há os grandes resultados. Administrar os conflitos sempre com bom senso, sem cometer injustiças. É difícil, mas é possível. Os pais têm papel relevante nessas ações. Nunca esmoreçam, eles dependem de nós. Reflita a sua família, caro amigo, e veja o quanto você também pode acrescentar nestas poucas linhas, ensinando-nos. Com certeza, muito. A sobrevivência sadia do mundo depende da família, portanto, do nosso bom senso. Use-o, sem ódio.
*MILTON BIGUCCI, presidente da construtora MBigucci, presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC, diretor do Secovi-SP para a Região do ABC, membro do Conselho Consultivo Nato do Secovi-SP, autor dos livros “Caminhos para o Desenvolvimento”, “Somos Todos Responsáveis – Crônicas
de um Brasil Carente” e “Construindo uma Sociedade mais Justa”, e membro da Academia de Letras da Grande São Paulo, cadeira nº 5, cujo patrono é Lima Barreto.