Big Vida

Fim do mundo | Por *Milton Bigucci

Os catastróficos têm nos lembrado que em 2012 haverá uma grande hecatombe no mundo por causa do derretimento da capota polar.

Em dezembro de 2009, o mundo ambiental e político se reuniu em Copenhague na Dinamarca para analisar e apresentar soluções para que o mundo não sofra os efeitos do aquecimento da Terra. Lá estavam 193 chefes de Estado e de governo.
Sentaram à mesa países desenvolvidos, emergentes e subdesenvolvidos. Difícil falar a mesma língua, os interesses são totalmente diferentes. Os desenvolvidos não querem perder a sua indústria “poluente” e o caminho da sua prosperidade, os emergentes querendo o seu espaço, e os demais morrendo de fome com sua matriz energética poluidora. Como defender o mundo? Parece que cada país continua apenas defendendo o seu “gueto”. O mundo que se exploda ou se inunde.

Ao final do maior encontro diplomático de todos os tempos, foram 15 dias de discussões acaloradas e passeatas nas ruas geladas da cidade européia, os líderes chegaram a um acordo tímido e insuficiente para deter as grandes emissões de gases, causadoras do efeito estufa. Muitos recursos financeiros dos “primeiromundistas” foram oferecidos para melhorar o clima da Terra. Até o Brasil ofereceu dinheiro.

Há muita regra no pífio acordo firmado, mas sem nenhuma obrigatoriedade, sem penalidades. Segundo os ambientalistas, houve muita gente importante na 15ª Conferência do Clima, porém nada de concreto saiu de lá.
O mundo saiu frustrado. EUA e China foram os maiores entraves. A China, maior poluidora do mundo, por não ser um país desenvolvido acha que não tem obrigação de cortar as emissões de gases. EUA não querem barrar a sua economia pós-crise, e querem um acordo para verificar as ações ambientais em cada país. Os demais países não aceitaram. Não há metas concretas para 2020. Transferiram o problema para 2050.

Se a temperatura do mundo subir mais de 2º C, haverá o derretimento das calotas polares, o nível dos mares subirá e várias regiões da Terra sumirão, extinguindo povos e espécies. Se a emissão de CO não for reduzida, o fato pode acontecer, provam os cientistas.

Mesmo com os alertas dos cientistas e a pressão da opinião pública, os “donos” do mundo nada decidiram. A temperatura continuará a subir e o nível do mar também. Catástrofes à vista pelos próximos anos. Defender a vida de mais de 6 bilhões de habitantes da Terra parece que não foi a meta da conferência. Pelo menos os resultados nos mostram isso. Será que estamos conscientizados, ou estamos pensando apenas em nossa rua, nossa casa, nossa família e esquecendo do mundo global no qual vivemos? Será que quando acordarmos para o fato não será tarde demais?

A construtora MBigucci tem dado sua contribuição ao meio ambiente, desenvolvendo há alguns anos a sustentabilidade ambiental nas obras e nos escritórios, por meio de reciclagem de materiais, reaproveitamento de resíduos, reúso de água, iluminação natural com garrafas PET, entre outras ações. Pensamos nas futuras gerações!


*MILTON BIGUCCI, Presidente da construtora MBigucci, presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC, Membro do Conselho Consultivo Nato do Secovi-SP, Diretor do Depar tamento de Construção Civil da FIESP, autor dos livros “Caminhos para o desenvolvimento”, “Somos Todos Responsáveis – Crônicas de um Brasil Carente” e “Construindo uma Sociedade mais Justa”, e membro da Academia de Letras da Grande São Paulo, cadeira nº 5, cujo patrono é Lima Barreto.

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