Conhecida pela fé e pela rota do ouro, a cidade também oferece passeios ecológicos e excelente culinária
A história de Mariana é marcada pelo pioneirismo: foi a primeira vila, a primeira cidade e a primeira capital planejada do Estado de Minas Gerais. Nascida em 1696, como arraial de Nossa Senhora do Carmo, e elevada à cidade em 1745, Mariana abriga até hoje riquezas dos tempos do Brasil Colônia ligadas à religiosidade, à produção de ouro, à projeção artística e muitas descobertas.
Ao caminhar pelas ruas, quase todas com linhas retas e praças retangulares, logo se percebe a forte herança da fé. São dezenas de igrejas e capelas, muitas construídas ainda no século XVIII sob forte influência da arte barroca e com pedras extraídas das minas de ouro. A cidade também possui dois seminários. Aliás Mariana foi o primeiro centro religioso de Minas e sede do primeiro bispado do Estado.
Em Mariana também nasceram personagens expoentes da cultura brasileira:
o pintor sacro Mestre Ataíde, o poeta e inconfidente Cláudio Manuel da Costa e os poetas Alphonsus de Guimarães e Frei Santa Rita Durão, autor do poema “Caramuru”.
Passeios ecológicos e gastronômicos
– Mas, além da bagagem histórica, cultural e religiosa, o visitante de Mariana também vai se deslumbrar com a exuberante fauna e culinária local. A cidade abriga 70% do
Parque Estadual do Itacolomi, repleto de nascentes, rios, cachoeiras e muitas espécies de animais como macacos, micos, tatus, pacas, capivaras, além de muitos pássaros.
É também em Mariana que está a melhor comida mineira, “assim dizem os marianenses”. Feijão tropeiro, tutu de feijão com torresmo, lombo de porco, frango ao molho pardo, caldinhos de mandioca, de couve… é de dar água na boca e de engordar.
A cidade também conta com bons bistrôs, lanchonetes e cafeterias.
Curiosidades
• O nome Mariana foi uma homenagem à rainha Maria Ana D’Austria, esposa do rei D. João V, que em 1745 elevou a vila à cidade.
• Mariana também integra a Trilha dos Inconfidentes e o Circuito Estrada Real.
• Em 1945 foi tombada como Monumento Nacional.
• Foi em Mariana, no Bairro Passagem, ano de 1915, que nasceu Roberto Amedeo Scarpeli Bigucci, progenitor de Milton Bigucci, fundador da construtora MBigucci.
Atrações
• Museu do Livro
Rua Barão de Camargos, s/nº.
Abriga obras raras e revolucionárias do século XVIII e período da Inconfidência Mineira.
• Museu Arquidiocesano de Arte Sacra
R. Frei Durão, 49.
Construído em 1770. O acervo, com cerca de 2mil itens, inclui peças de Aleijadinho e Ataíde, com pinturas, esculturas, mobiliários, talha em madeira e pedra, além da túnica de Nossa Senhora das Dores, doada por D. Pedro II. Tel: (31) 3557-2581.
• Museu da Música
Cônego Amando nº 161 – Centro
Funciona no antigo Palácio dos Bispos. Possui o mais importante acervo latino-americano de música sacra manuscrita dos séculos 18 e 19, sendo o único do gênero no país. É palco de concertos, oficinas e exposições. Tel: (31) 3557-2778.
• Casa de Câmara e cadeia
Praça Minas Gerais. Erguida entre 1768 e 1798 para abrigar a Câmara, no pavimento superior, e a Cadeia, no inferior, costume do período colonial. Feita em cantaria e alvenaria de pedra, com portais e cimalhas. Construída pelo mestre pedreiro José Pereira Arouca, que ergueu quase todas as edificações em Mariana.
• Rua Direita
Localizada no centro da cidade é onde estão as casas mais antigas e os principais comércios, com arquitetura conservada.
• Capela de Sant’ana
É considerada uma das mais antigas de Mariana, datada de 1720. No local ocorriam as reuniões da Ordem Terceira de São Francisco de Mariana.
• Catedral Bas ílica da Sé (Nossa SENHORA De Assunção)
Preserva um dos mais ricos conjuntos de ornamentação do barroco luso-brasileiro, com altares em madeira talhada e coberta de ouro. O lavabo da sacristia é autoria de Aleijadinho e o teto com afrescos de Ataíde. Abriga o órgão alemão ArpSchnitger, o único exemplar fora da Europa e um dos três únicos do mundo, usado para concertos públicos. Tel: (31) 3558-2785.
• Mina da Passagem
É a maior mina de ouro aberta à visitação no Brasil.
Foi nessa mina que trabalhou Giuseppe Biguzzi, avô de Milton Bigucci. A descida para as galerias subterrâneas é feita por um trolley (espécie de vagão suspenso por um cabo de aço, indo à profundidade de 120m). Preserva maquinários utilizados na extração do ouro. A área da mina possui restaurante, loja de artesanato, arborismo e museu com peças do ciclo do ouro. Rua Eugênio Eduardo Rapallo, s/n°.
Atração paga. Tel.: (31) 3557-1158.
• Trem da Vale – Maria Fumaça
Faz várias vezes ao dia o trajeto Mariana-Ouro Preto-Mariana. A viagem leva uma hora e é feita em estrada de ferro da época imperial, recuperada pela Cia Vale do Rio Doce. Passa por matas, ruínas, túneis e cachoeiras. Nas duas estações há bibliotecas, restaurantes, cafés.
• Cachoeira da Serrinha
Localizada no Parque do Itacolomi, o acesso se dá por trilha íngreme de aproximadamente 10km.
Possui águas frias e cristalinas.
• Cachoeira do Brumado
Suas quedas d´água, com até 10m, são formadas pelo Rio Brumado; A queda forma uma piscina natural ideal para banhos. Seu entorno é coberto por vegetação rasteira, mangueiras e bambuzais. Possui bar, restaurante e estacionamento.
Serviço
Mariana está a 700km de São Paulo.
De carro: O acesso é feito pela rodovia Fernão Dias (BR 381) seguindo até Belo Horizonte. Da capital mineira são 112 km até Mariana. Pegar a BR 040 até a rodovia
dos Inconfidentes (BR 356) seguir até Ouro Preto e, daí para Mariana.
Via aérea: o aeroporto mais próximo é o de Belo Horizonte. Há ônibus direto da Rodoviária de Belo Horizonte para Mariana.
Temperatura Média anual: 17,4 C
Telefones Úteis:
Prefeitura de Mariana: (31) 3557-9000
Portal Turístico: (31) 3358-5455
Associação de guias de Turismo do Brasil: (31) 3557-1158
Sites
www.mariana.mg.gov.br (link turista)
www.mariana.org.br
www.desvendar.com.br
www.idasbrasil.com.br