Fonte: Repórter Diário
Com 2,5 milhões de habitantes, o ABC detém uma das maiores economias do País. De acordo com o IBGE, a região tem o 4º maior PIB brasileiro, perdendo apenas para São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Dentro deste cenário, o mercado imobiliário não fica para trás e, de janeiro a setembro de 2010, as vendas de imóveis cresceram 36,6% em relação ao mesmo período de 2009.
O levantamento, realizado pela Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC) em parceria com o Secovi-SP (Sindicato da Habitação), mostra que, neste período, foram lançadas 6.124 unidades na região. E a expectativa é de que o mercado continue no mesmo ritmo nos próximos anos.
“Para falar sobre o futuro do mercado imobiliário, deve-se analisar duas ciências: a economia e a demografia”, afirma Flavio Amary, vice-presidente do Interior do Secovi-SP, que explica o panorama atual nestes dois âmbitos. “A economia vive um momento muito bom, com aumento significativo da renda da população e diminuição do desemprego. Além disso, com o avanço da expectativa de vida e famílias com menos filhos, sobram mais recursos e o mercado consumidor fica cada vez mais forte”, avalia.
Amary conta, ainda, que hoje as pessoas procuram imóveis mais cedo. “Jovens casais conseguem juntar as rendas e comprar seu próprio imóvel. E há também muitas pessoas que preferem casar mais tarde, porém procuram apartamentos pequenos para morar sozinhas”, afirma.
Segundo o presidente do Secovi-SP, João Crestana, somando-se esta nova demanda ao déficit habitacional existente no País, nos próximos 12 anos deverão ser construídas entre 24 e 25 milhões de moradias. Entre os motivos do bom momento do setor estão a facilidade de linhas de crédito e a melhora das condições sociais, enumerou o dirigente. “Nos últimos anos, cerca de 30 milhões de pessoas entraram para a classe média e a renda per capita aumentou”.