De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo.
As neoplasias mais frequentes na infância são as leucemias (glóbulos brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático). Também acometem as crianças o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tumor renal), retinoblastoma (tumor da retina do olho), tumor germinativo (tumor das células que vão dar origem às gônadas), osteossarcoma (tumor ósseo), sarcomas (tumores de partes moles).
Fábio Henrique da Silva, em maio de 2009, durante tratamento no Hospital do Servidor Público Estadual, com a voluntária Lindinha (Rose Toneto)
Anualmente são registrados mais de 9 mil novos casos da doença em crianças e jovens brasileiros. Felizmente, hoje, o
índice de cura do câncer infantil ultrapassa os 70%.
Diagnóstico precoce
Dor na perna que não passa, dificuldade para enxergar, febre, mal-estar, falta de apetite. Por mais inofensivos que pareçam, a persistência destes sintomas por vários dias seguidos deve chamar a atenção dos pais, professores e médicos.
Eles podem indicar algum tipo de câncer e, se ignorados, dificultam o diagnóstico precoce, essencial para a cura da doença.
Também é importante não ignorar as queixas das crianças, agindo como se elas inventassem os sintomas:
• Leucemia: a criança fica mais suscetível a infecções, pode ficar pálida, ter sangramentos, manchas pelo corpo e sentir dor óssea;
• Retinoblastoma: um sinal importante é o chamado “reflexo do olho do gato”, embranquecimento da pupila quando exposta à luz – em fotos, por exemplo. Fotofobia (sensibilidade à luz) e estrabismo também podem indicar a doença. Geralmente acomete crianças antes dos três anos de idade;
• Tumor de Wilms e Neuroblastoma:
o aparecimento de um inchaço ou massa no abdome é o sintoma mais comum;
• Osteossarcoma: dor constante no membro afetado;
• Tumor de sistema nervoso central:
a criança costuma se queixar de dor de cabeça, vômitos e pode apresentar alterações motoras ou cognitivas e paralisia de nervos.
Em busca da cura
O tratamento contra o câncer deve começar com o diagnóstico correto, feito por um laboratório confiável e especializado. Detectada a doença, o tratamento é aplicado: quimioterapia, radioterapia e cirurgia, de acordo com o tipo de câncer, a evolução da doença e a resposta do organismo do paciente.
O trabalho coordenado de vários especialistas (oncologistas pediatras, cirurgiões pediatras, radioterapeutas, patologistas, radiologistas) também é determinante para o sucesso do tratamento, assim como o de outros membros da equipe médica (enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos). Segundo os especialistas em oncologia infantil, tão importante quanto o tratamento médico é o apoio psicossocial que deve ser dado aos pacientes e familiares estimulando-os a enfrentar a doença e não desistir do tratamento, pois o câncer infantojuvenil tem cura!