Karequinha é Clayton Cardoso Trindade, de 30 anos, um dos voluntários mais atuantes do Big Riso, nos últimos anos. Foi uma matéria na TV que despertou o interesse de Clayton pelo Big Riso, Programa de Responsabilidade Social da MBigucci, criado pela diretora Roberta Bigucci. ‘Minha primeira visita foi às crianças do Hospital Mário Covas, no início de 2011. Estava empolgadão, mas na hora só ficava rindo e observando tudo, fiquei muito tímido. Hoje, é tão maravilhoso estar lá, saio transbordando alegria, sempre quero ficar mais”, diz.
Sua vontade é que todos pudessem, pelo menos uma vez, ir ao Big Riso: “Não se preocupe se você não sabe fazer piadas ou não tem habilidades. Tem criança que só quer um abraço ou alguém para ouvi-las. O mais importante no Big Riso é a vontade de fazer o bem. É um momento mágico, que faz você sair diferente”, afirma.
Com formação técnica em mecatrônica, Clayton revela que passou por um período difícil antes do Big Riso: “Sempre fui muito grato pela vida, mas teve um momento em que quase pensei desistir. Fiquei depressivo, nem meus pais sabiam direito, mas perdi a vontade de viver, parecia que nada dava certo, não parava em emprego algum, cobrança de todo lado”.
“O Big Riso mudou radicalmente minha vida, descobri um outro lado. Fiquei mais confiante para buscar o que realmente eu gosto de fazer. E é incrível como as portas se abriram. Comecei a fazer animação em festas infantis e recreação em buffets. Estou fazendo aulas de dança, para ser instrutor, e faço aulas de canto também. E estou iniciando em um novo emprego”, conta.
Entre os momentos especiais como Karequinha, ele faz um relato emocionante: “Foi um dia em que conheci um garotinho chamado Alifer, no Hospital Mário Covas.
Ele tinha uns 7 anos. Estava no leito, com acesso na veia e vários outros fios conectados e tinha uma cicatriz no peito de alguma cirurgia. Eu não sabia o que realmente ele tinha, mas quando cheguei perto, ele disse: ‘mamãe olha o palhaço vamos brincar’! E ele brincava muito! Dentro dele brotava uma alegria contagiante, eu não precisei fazer nada. Ele criava as brincadeiras e eu só acompanhava. Ele pulava no leito de um jeito que os pais e eu tinhamos que segurá0lo. Esse garotinho me ensinou a valorizar nossa maravilhosa vida e me mostrou como os desafios da minha vida, que eu achava enormes, são taão pequeninos perto dos desafios que ele enfrentava todos os dias. Os pais e eu nos divertimos demais com ele. Quando eu estava quase saindo do quarto ele me disse: ‘palhaço você é meu melhor amigo’. Fiquei paralisado, meus olhos já brilhavam prontos para chorar, então, dei um abraço nele e agradeci pelos momentos deliciosos que tive e fui embora renovado pela alegria daquele garotinho tão especial”.
Fonte : Revista MBigucci News