A polícia paulista está na mídia de forma mais constante nos últimos dias, sendo colocada, por parte dos veículos de comunicação, como uma política arbitrária. Alguns poucos policiais têm exorbitado nas suas funções, respingando na imagem da corporação. A polícia deve ser a defensora da lei, não pode transgredi-la. Deve prender os responsáveis pelos crimes, defender os direitos humanos, interagir com a população, sendo cada vez mais eficiente no combate aos crimes e zelando pelo bem-estar da sociedade.
Temos que lembrar que são mais de 41 milhões de paulistas em 645 cidades, sendo sete milhões apenas na Capital. Só a PM paulista é composta por mais de 100 mil pessoas. Este breve relato de dados é apenas para se pensar no tamanho do universo de que estamos falando.
De outro lado há os bandidos, os drogados e os casos menores de brigas familiares que precisam da interferência policial para apaziguamento, além da prevenção ostensiva da população. Há, em média, cinco manifestações públicas diárias na Capital, além de 80 mil grandes eventos no ano. Só de maconha, há estudos da Unifesp mostrando haver 1,5 milhão de fumantes no Brasil, diariamente.
O problema da criminalidade no País é cultural, de educação e social. Das drogas, nem se fala sobre o mal que causa à nossa juventude e a todos. Quem tem filho ou neto sabe que o risco é grande. Ainda bem que os números mostram que a maioria esmagadora da população é trabalhadora, não é drogada ou bandida e pratica o bom e a lei.
Nós, cidadãos de bem, devemos refletir. Parece que as notícias estão transformando as nossas bases de sustentação, ou seja, a polícia só erra e os bandidos e os drogados estão sempre certos. Precisamos atentar para essa imagem negativa, não esquecendo que a polícia aí está para nos defender e zelar pela sociedade. Não podemos execrá-la, pois daqui a pouco a verdade estará com os bandidos. Quando morre um bandido, foi a má conduta da polícia. Quando morre um policial em defesa da sociedade, apenas morreu mais um policial. Obviamente, os excessos da polícia devem ser coibidos e penalizados, mas não podemos mudar os valores de toda uma corporação.
Não tenho procuração para defender a polícia, apenas estou preocupado, como cidadão de bem, em não inverter os valores. A polícia também precisa da população para as suas informações. Acredito que não seja possível manter um policial em cada esquina ou em cada prédio. Temos que combater os excessos, mas não vamos inverter os valores morais.
Deixo claro que não compactuo com arbitrariedades. O policial deve ser bem treinado para não cometer erros, fazer cursos de aperfeiçoamento e ter melhores salários. Apenas não aceito adorar “os maus”. Lugar de bandido é na cadeia. O crime deve ser coibido e o drogado tratado, com educação, para a cura e se tornar um cidadão normal.
A família brasileira espera. Apenas para reflexão.
Milton Bigucci