De acordo com consultor em segurança e instrutor da Universidade do Secovi (Sindicato da Habitação), Florival Ribeiro, a segurança de condomínios deve ser pensada como um sistema integrado, onde cada componente (estrutura física, equipamentos eletrônicos, funcionários e moradores) tem fundamental importância.
“O que causa a vulnerabilidade é que o morador e os funcionários não estão integrados ao sistema, e não adianta investir em estrutura física (portões duplos, muros altos) e equipamentos eletrônicos (câmeras de monitoramento, alarmes) se os funcionários não estão treinados para a questão e os condôminos não respeitam as regras de segurança”, ressalta.
O consultor lembra que as pessoas mudam de casa para prédios apostando no fator segurança, mas se esquecem de tudo o que faziam em casa nesta questão. Um levantamento feito pelo Secovi aponta que 90% das pessoas que moram em apartamentos não trancam suas portas. Outro hábito de risco é deixar as portas do veículo destravadas na garagem do prédio. Os “maus hábitos” de um morador podem colocar em risco a vida de todas as outras famílias que vivem no prédio. A responsabilidade pela segurança num condomínio é de todos.
A integridade física do porteiro também é fundamental para a segurança. “Blindar a portaria é importantíssimo, pois se o porteiro não tiver segurança ele não vai oferecer segurança aos moradores”, ressalta Florival Ribeiro.
É importante que o condomínio busque a assessoria de uma empresa especializada em consultoria de segurança patrimonial antes de adquirir equipamentos. No caso de câmeras, por exemplo, cada ambiente exige uma aplicação diferente, sendo necessário observar se o equipamento tem a mesma eficácia de dia e de noite (pouca luz), entre outros detalhes. Mas, atenção, um consultor especializado não pode ter vínculos com empresas que vendam ou instalem equipamentos de segurança.
Para saber mais:
http://www.secovi.com.br/condominios/dicas/segurança_patrimonial.php