Leia a entrevista completa de Augusto Cury para a Revista MBigucci News. Você confere a versão impressa da revista no link: MBigucci News.
Psiquiatra, pesquisador e escritor, o Dr. Augusto Cury é reconhecido nacional e internacionalmente como um dos autores mais lidos dos últimos anos. Seus livros estão em mais de 70 países e já venderam mais de 25 milhões de exemplares só no Brasil. Autor da teoria “Inteligência Multifocal” e do programa “Escola da Inteligência”, ele acaba de lançar o livro “Ansiedade: como enfrentar o mal do século para filhos e alunos”, focado no público infantojuvenil. À MBigucci News, Dr. Cury nos fala sobre como proteger nossas emoções e as de nossas crianças em busca de uma mente saudável. As perguntas foram elaboradas com a participação de colaboradores da MBigucci.
MBNews: Como o senhor se tornou escritor?
Dr. Cury: Com o incentivo de minha família, entrei na faculdade de medicina. Sempre me interessei pela mente humana e sou fascinado pelo seu funcionamento. Ao longo de 25 anos, escrevi em torno de 3 mil páginas e, como psiquiatra, construí a teoria-base de minha obra: a Inteligência Multifocal, que deu título ao meu primeiro livro, publicado em 1998. É uma teoria revolucionária sobre o funcionamento da mente. Depois da publicação desse primeiro livro, decidi “democratizar” minha teoria, tornando o entendimento aos conceitos mais acessível à população em vários livros de diferentes temas. Os livros não são de autoajuda, não os defino dessa forma porque eles têm em sua base uma nova teoria sobre o funcionamento da mente. Em meus livros, procuro fazer críticas contundentes, apresentar uma forma para que se conheça os bastidores da mente humana, técnicas para expandir as funções nobres da inteligência e não apenas mensagens positivas e motivacionais.
MBNews: Como manter-se saudável em uma sociedade “mentalmente doente”?
Dr. Cury: É essencial que as pessoas desenvolvam um “Eu” lúcido e maduro, que aprendam a conhecer a si mesmo. Para isso, é preciso trabalhar sistematicamente: a arte da interiorização; a arte da observação; a arte de proteção da emoção; as funções complexas da inteligência, como pensar antes de reagir, colocar-se no lugar dos outros, expor e não impor as ideias, a solidariedade, a tolerância, a resiliência, dentre outros; investigar as causas da ansiedade; questionar os fundamentos das inseguranças e dos medos; discutir a timidez, o pessimismo e o sentimento de incapacidade; abrir a mente para pensar em outras possibilidades; ter consciência que não há mentes perfeitas. Todos temos nossos “fantasmas”. Se não é possível aboli-los, deveríamos pelo menos domesticá-los. Enfrentar com inteligência as angústias, perdas e decepções é o caminho lento, mas consistente, para deixarmos de ser vítimas e nos tornarmos protagonistas da nossa história.
MBNews: Como aprender a controlar a mente para que problemas do dia a dia não nos atinjam?
Dr. Cury: É mais fácil pilotar uma nave espacial do que pilotar nossa mente. Não é fácil gerir os pensamentos, mas há algumas ferramentas para superar a Síndrome do Pensamento Acelerado, tais como: aprender a fazer pequenos relaxamentos durante o dia; contemplar o belo nos pequenos estímulos da vida diária; abraçar, beijar, elogiar e entregar-se mais; investir em sonhos, naquilo que não traz lucro para o bolso, mas rendimentos para a emoção; jamais levar os problemas para a cama, para o momento do sono; considerar os fins de semana um tempo inviolável e portanto jamais utilizá-los como extensão do trabalho; treinar o Eu para não sofrer por antecipação; treinar o Eu para usar a arte da crítica contra o coitadismo, conformismo, autopiedade ou autopunição. No livro O Vendedor de Sonhos, o protagonista diz que é um caminhante no traçado do tempo em busca de si mesmo. Essa deve ser nossa meta. É preciso procurar penetrar nas trajetórias do seu próprio ser e conhecer minimamente quem se é. Fascinar-se com a construção das ideias e das imagens mentais. Quem não caminha dentro de si mesmo, ainda que se perca num emaranhado de dúvidas, sempre se aprisionará em seu feudo, território social ou religioso, e no universo dos seus preconceitos.
O que você pensa determina o que você sente. O que você sente determina o que você registra em sua memória. O que você registra determina os alicerces de sua qualidade de vida. Quem quer cuidar da sua saúde psíquica deve, em primeiro lugar, gerenciar o que pensa. Uma pessoa inteligente aprende com seus erros, uma pessoa sábia aprende com os erros dos outros. Quem aprende com os erros dos outros não precisa acidentar-se, fragmentar-se e ferir-se, pelo menos com frequência. Ser inteligente é importante, ser sábio é essencial.
MBNews: O que é a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA)?
Dr.Cury: A síndrome SPA surge a partir de uma hiperatividade de origem não-genética. Desde os primórdios da humanidade sempre existiu a hiperatividade genética, caracterizada por uma ansiedade psicomotora, inquietação e agitação do pensamento de fundo metabólico. Por isso, algumas pessoas sempre foram mais ansiosas, teimosas e hiperpensantes do que outras. Mas hoje há uma hiperatividade funcional não genética: a Síndrome do Pensamento Acelerado.
MBNews: Quais são as causas da SPA?
Dr. Cury: A primeira é o excesso de estímulo visual e sonoro produzido pela TV, e que atinge frontalmente o território da emoção. Não estou falando da qualidade do conteúdo da TV, mas do excesso de estímulos, sejam eles bons ou péssimos. A segunda é o excesso de informações. Em terceiro lugar, a paranoia do consumo e da estética, que dificulta a interiorização. Essas causas excitam a construção de pensamentos e geram uma psicoadaptação aos estímulos da rotina diária, ou seja, uma perda do prazer pelas pequenas coisas do dia a dia. Os portadores da SPA estão sempre inquietos, tentando garimpar algum estímulo que os alivie. Sobre o excesso de informação, é fundamental saber que uma criança de 7 anos na atualidade tem mais informações na memória do que um ser humano de 70, há um ou dois séculos. Essa avalanche de informações excita de maneira inadequada os fenômenos que leem a memória e constroem cadeias de pensamentos.
MBNews: E quais são os sintomas da Síndrome do Pensamento Acelerado?
Dr. Cury: Pensar é excelente, pensar muito é péssimo. Quem pensa muito rouba energia vital do córtex cerebral e sente uma fadiga excessiva, mesmo sem ter feito exercício físico. Este é um dos sintomas da SPA. Os demais sintomas são sono insuficiente, irritabilidade, sofrimento por antecipação, esquecimento, déficit de concentração, aversão à rotina e, às vezes, sintomas psicossomáticos, como dor de cabeça, dores musculares, taquicardia, gastrite. Por que um dos sintomas é o esquecimento? Porque o cérebro tem mais juízo do que nós e bloqueia a memória para pensarmos menos e gastarmos menos energia. Muitos cientistas não percebem que a SPA é a principal causa da crise na educação mundial. Ela é coletiva, atinge grande parte da população adulta e infantil. Os adultos mais responsáveis apresentam uma SPA mais forte e, por isso, ficam mais estressados. Por quê? Porque têm um trabalho intelectual mais intenso, pensam mais, são mais preocupados. Quem tem SPA não consegue gerenciar os pensamentos plenamente, não consegue tranquilizar sua mente. A SPA compromete a saúde psíquica de três formas: ruminando o passado e desenvolvendo sentimento de culpa, produzindo preocupações sobre problemas existenciais e sofrendo por antecipação.
MBNews: Qual a diferença entre a SPA e o déficit de atenção ou hiperatividade nas crianças?
Dr. Cury: Muitos neurologistas, psiquiatras, psicólogos e psicopedagogos, ao observar crianças e adolescentes agitados, inquietos, com dificuldade de concentração e rebeldes a normas sociais, chegam a diagnósticos errados, atribuindo tais comportamentos ao transtorno de déficit de atenção ou hiperatividade, quando a grande maioria desses pacientes é vítima da Síndrome do Pensamento Acelerado. Por não terem tido a oportunidade de pesquisar o processo de construção de pensamentos, os profissionais não sabem que, se superexcitarmos os “engenheiros” inconscientes que constroem pensamentos sem a autorização do Eu, facilmente desenvolvemos a SPA. Essa perturbadora síndrome produz alguns sintomas semelhantes aos da hiperatividade, mas suas causas são diferentes. Na hiperatividade, há um fundo genético; frequentemente, um dos pais é hiperativo. Além disso, a agitação e a inquietação de uma pessoa hiperativa manifestam-se já na primeira infância, enquanto na SPA a inquietação é construída pouco a pouco, ao longo dos anos. Entre as causas da SPA estão o excesso de estimulação, de brinquedos, de atividades, de informação.
MBNews: Qual a influência da TV na síndrome SPA?
Dr. Cury: A televisão mostra mais de 60 personagens por hora com as mais diferentes características de personalidade. Policiais irreverentes, bandidos destemidos, pessoas divertidas. Essas imagens são registradas na memória e competem com a imagem dos pais e professores. Os resultados inconscientes disso são graves. Os educadores perdem a capacidade de influenciar o mundo psíquico dos jovens. Seus gestos e palavras não têm impactos emocionais e, consequentemente, não sofrem um arquivamento privilegiado capaz de produzir milhares de outras emoções e pensamentos que estimulem o desenvolvimento da inteligência. Frequentemente os educadores precisam gritar para obter o mínimo de atenção. A maior consequência do excesso de estímulos da TV é contribuir para gerar a Síndrome do Pensamento Acelerado, SPA. Nunca deveríamos ter mexido na caixa preta da inteligência, que é a construção de pensamentos, mas, infelizmente, mexemos. A velocidade dos pensamentos não poderia ser aumentada cronicamente. Caso contrário, ocorreriam uma diminuição da concentração e um aumento da ansiedade. É exatamente isso que está acontecendo com os jovens. A ansiedade da SPA gera uma compulsão por novos estímulos, numa tentativa de aliviá-la. Embora menos intenso, o princípio é o mesmo que ocorre na dependência psicológica das drogas. Os usuários de drogas usam sempre novas doses para tentar aliviar a ansiedade gerada pela dependência. Quanto mais usam, mais dependentes ficam.
MBNews: O que gera a ansiedade?
Dr.Cury: A ansiedade é uma consequência da SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado). Bilhões de células estão suplicando, por meio de sintomas como dores de cabeça, gastrite, hipertensão, para que as pessoas mudem o estilo de vida, pensem e se preocupem menos, relaxem e tenham mais prazer, não destruam seus finais de semana. Mas quem ouve a voz do corpo?
MBNews: É possível desacelerar em uma sociedade que nos cobra cada vez mais?
Dr. Cury: As escolas em todo o mundo ensinam os alunos a dirigir empresas e máquinas, mas não os preparam para ser diretores do script dos seus pensamentos. É incontável a quantidade de pessoas que têm sucesso profissional, mas são escravas de seus pensamentos. Possuem uma vida emocional miserável. Enfrentam o mundo, mas não sabem remover o entulho das suas mentes. É necessário conduzir nossas crianças, de maneira lúdica, motivadora e prazerosa, desde a mais tenra idade, a conquistar uma relação saudável consigo e com o meio em que estão inseridas. Educar as crianças para tornarem-se mais fortes e não se renderem às pressões exercidas pelas armadilhas da atualidade. Desde bem pequenos, oferecer-lhes as ferramentas necessárias para que aprendam a se conhecer, bem como conhecer os bastidores de sua mente, gerenciar seus pensamentos e emoções. Aprender a administrar o Eu. Precisamos qualificar nossos filhos e alunos. Eles devem sentir-se importantes na escola, precisam participar de certas decisões. Devem também participar das decisões familiares, como a compra do carro, o roteiro das viagens, a ida a restaurantes, e até no orçamento familiar. Precisam aprender a fazer escolhas. Assim aprenderão uma dura lição: toda escolha implica perdas e ganhos. A síndrome SPA deixa nossos filhos agitados. Eles detestam rotina, e por isso reclamam que “não têm nada para fazer”. Eles têm muito para fazer, mas a rotina exaspera a ansiedade. Se os ensinarmos a administrar seus pensamentos e emoções e os engajarmos em projetos sociais, a emoção deles será estruturada, o pensamento, aquietado, e de quebra aprenderão a importância de servir. Como poderão subir no pódio se desprezam o treinamento?
MBNews: Qual a proposta da Escola da Inteligência, que o senhor criou?
Dr. Cury: A Escola da Inteligência é um programa educacional que objetiva desenvolver a educação socioemocional no ambiente escolar. Fundamentada na teoria da Inteligência Multifocal, a metodologia promove, por meio da educação das emoções e da inteligência, a melhoria dos índices de aprendizagem, redução da indisciplina, aprimoramento das relações interpessoais e o aumento da participação da família na formação integral dos alunos. Todos os envolvidos – professores, alunos e familiares – são beneficiados com mais qualidade de vida e bem-estar psíquico. Atualmente, o Programa da Escola da Inteligência está presente em 450 escolas conveniadas, contando com 525 professores e mais de 200 mil alunos aprendendo a gerenciar as emoções e se fortalecer, visando à qualidade de vida e à qualidade de suas relações.
MBNews: Como funciona na prática a Escola da Inteligência?
Dr. Cury: O Programa Escola da Inteligência é aplicado em 1 hora/aula por semana, dentro da grade curricular, como uma nova disciplina ou dentro de uma disciplina já existente. Nos alunos, desenvolvemos a inteligência, o gerenciamento das emoções, resiliência, autoestima, a construção de relações saudáveis, memorização e concentração, administração de conflitos e prevenção do bullying, além da postura empreendedora e criativa. Aos pais, demonstramos o conhecimento do funcionamento da mente para potencializar a educação com os filhos; estimula-se maior participação da família na aprendizagem e são apresentadas técnicas modernas para a educação emocional e melhoria da qualidade de vida. Os professores adquirem o conhecimento necessário para a administração de conflitos dentro e fora da sala de aula, bem como são capazes de gerir o tempo e gerenciar a emoção, aumentando a qualidade de vida e melhorando o processo de ensino-aprendizagem. Na escola, observa-se o aumento do desenvolvimento cognitivo dos alunos, a diminuição dos problemas comportamentais, a melhoria dos relacionamentos escolares e, com isso, o ambiente escolar torna-se emocionalmente mais saudável, criativo e produtivo.
MBNews: E quanto aos resultados da Escola da Inteligência? É possível mensurar?
Dr. Cury: As estatísticas comprovam, com a participação no Programa EI, 96% dos alunos apresentaram melhorias em suas habilidades intrapessoais (como autoestima, ansiedade, timidez etc.); 92% dos alunos obtiveram melhorias em suas habilidades interpessoais (como relacionamentos); 93% dos professores afirmam melhorias nos aspectos comportamentais e nas atitudes de seus alunos; 91% das escolas afirmam que aumentou o número de alunos após implantar o programa; 98% das escolas perceberam aumento na participação da família; 98% dos professores afirmam melhorias em sua qualidade de vida (pessoal e profissional); 99 % dos pais aprovam o programa Escola da Inteligência.
MBNews: Como o sr. avalia o excesso de informação que as crianças têm hoje em dia, seja na TV, iPad, celular?
Dr. Cury: Há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e de cada jovem. Só não consegue descobri-lo quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo. Nossa geração quis dar o melhor para as crianças e os jovens. Sonhamos grandes sonhos para eles. Procuramos dar os melhores brinquedos, roupas, passeios e escolas. Não queríamos que eles andassem na chuva, se machucassem nas ruas, se ferissem com os brinquedos caseiros e vivessem as dificuldades pelas quais passamos. Colocamos uma televisão na sala. Alguns pais, com mais recursos, colocaram uma televisão e um computador no quarto de cada filho. Outros encheram seus filhos de atividades, matriculando-os em cursos de inglês, computação, música. Tiveram uma excelente intenção, só não sabiam que as crianças precisavam ter infância, que necessitavam inventar, correr riscos, frustrar-se, ter tempo para brincar e se encantar com a vida. Não imaginavam o quanto a criatividade, a felicidade, a ousadia e a segurança do adulto dependiam das matrizes da memória e da energia emocional da criança. Não compreenderam que a TV, os brinquedos manufaturados, a Internet e o excesso de atividades obstruíam a infância dos seus filhos. Criamos um mundo artificial para as crianças e pagamos um preço caríssimo. Produzimos sérias consequências no território da emoção, no anfiteatro dos pensamentos e no solo da memória deles.
MBNews: Quais as consequências disso?
Dr. Cury: O conhecimento se multiplicou e o número de escolas se expandiu como em nenhuma outra época, mas não estamos produzindo pensadores. A maioria dos jovens, incluindo universitários, acumula pilhas de “pedras”, mas constroem pouquíssimas ideias brilhantes. Não é à toa que eles perderam o prazer de aprender. A escola deixou de ser uma aventura agradável. Paralelamente a isso, a mídia os seduziu com estímulos rápidos e prontos. Eles tornaram-se amantes do fast food emocional. A TV transporta os jovens, sem que eles façam esforços, para dentro de uma excitante partida esportiva, para o interior de uma aeronave, para o cerne de uma guerra e para dentro de um dramático conflito policial. Esse bombardeio de estímulos não é inofensivo. Atua num fenômeno inconsciente da minha área de pesquisa, chamado de psicoadaptação, aumentando o limiar do prazer na vida real. Com o tempo, crianças e adolescentes perdem o prazer nos pequenos estímulos da rotina diária. Eles precisam fazer muitas coisas para ter um pouco de prazer, o que gera personalidades flutuantes, instáveis, insatisfeitas. Temos uma indústria de lazer complexa. Deveríamos ter a geração de jovens mais felizes que já pisaram nesta terra. Mas produzimos uma geração de insatisfeitos. Estamos informando e não formando.
MBNews: Como estudioso da mente humana, o senhor também analisou a mente de Jesus Cristo, publicando uma série de livros sobre o tema, Qual o resultado?
Dr. Cury: Em minha série de livros Análise da Inteligência de Cristo, apresento estudos sobre as emoções de Jesus e explico como ele foi capaz de suportar as maiores provações em nome da fé. Jesus demonstrou ser um grande mestre na escola da vida diante das angústias que antecederam sua morte, como a traição de Judas, a falta de apoio dos discípulos e a consciência do cálice que iria beber. O sofrimento, em vez de abatê-lo, expandiu sua inteligência. As perdas, em vez de destruírem-no, refinaram sua a arte de pensar. As frustrações, em vez de desanimarem-no, renovaram suas forças. Por meio de sua história, Jesus provou que é possível encarar a dor com sabedoria. Ele tinha todos os motivos para desistir de seu chamado e tornar-se uma pessoa fechada e agressiva, mas apesar disso, foi um ícone de celebração à alegria, à liberdade e à esperança. Ele não se perturbava com o mau comportamento dos outros – pelo contrário, aproveitava cada momento de fraqueza para ensinar importantes virtudes como a paciência, o perdão e a humildade. O exemplo de Jesus nos ajuda a melhorar a qualidade de vida e a prevenir doenças psíquicas como a depressão, a ansiedade e o estresse. Analisar seu brilhante comportamento acende as luzes de nossa consciência e nos torna pessoas mais abertas para as infinitas maravilhas da existência. Jesus foi o maior especialista no território da emoção, o maior exemplo de sabedoria, perseverança e compaixão, o maior semeador da alegria, liberdade e esperança, e o maior formador de pensadores da história.
MBNews: Seu livro Petrus Logus terá uma continuação? O que esperar do próximo?
Dr. Cury: A continuação do livro será lançada até o final do ano. Aguardem a continuidade das reflexões de Petrus Logus!
MBNews: E o livro “O Vendedor de Sonhos”, um dos seus títulos mais vendidos, vai virar filme mesmo?
Dr. Cury: Sim, o filme está previsto para o começo do ano que vem.
Títulos mais vendidos do autor:
- Ansiedade: como enfrentar o mal do século
- Pais inteligentes formam sucessores, não herdeiros
- O Vendedor de Sonhos: O Chamado
- O Colecionador de Lágrimas – Holocausto Nunca Mais
- Felicidade Roubada
- Armadilhas da Mente
- Nunca desista dos seus sonhos
- As regras de ouro dos casais inteligentes
- O futuro da humanidade
- Em busca do sentido da vida